ESTÁGIOS EM AMBULATÓRIO HEMATOLÓGICO COMO FERRAMENTA DE ENSINO E POPULARIZAÇÃO DA ESPECIALIDADE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autor: RS Giuliano, BJP Rabello, CDC Lima, DD Barros, HCL Filho, JVS Valadares, MLB Neto, SC Oliveira, VLF Santos, NBA Miranda
Jazyk: angličtina
Rok vydání: 2024
Předmět:
Zdroj: Hematology, Transfusion and Cell Therapy, Vol 46, Iss , Pp S1068- (2024)
Druh dokumentu: article
ISSN: 2531-1379
DOI: 10.1016/j.htct.2024.09.1871
Popis: Introdução: A hematologia é uma especialidade clínica crucial para a população, lidando com o diagnóstico e tratamento de doenças sanguíneas. Apesar disso, apenas 0,7% dos médicos especialistas optaram por essa área, conforme a Demografia Médica Brasileira de 2023. Diante disso, estágios para alunos de graduação desde o início do curso de medicina são uma ferramenta para aumentar a exposição e o interesse dos estudantes na área. Objetivo: Descrever a experiência de alunos de medicina do primeiro ao quarto ano nas vivências proporcionadas por estágios em ambulatório hematológico. Métodos: Os estágios foram oferecidos pela Liga Acadêmica de Hematologia e Hemoterapia (LAHEMO) da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), sob supervisão da docente orientadora no Hospital Geral Clériston Andrade. O acompanhamento ocorreu uma vez por semana durante um ano (2023-2024), com rotações de dois alunos por dia. No total, cinco alunos participaram, abrangendo do primeiro ao quarto ano da graduação da UEFS. Relato de experiência: Os estagiários acompanharam os internos do curso da UEFS, supervisionados pela docente orientadora, nas consultas ambulatoriais. Nessas experiências, puderam observar e participar do raciocínio clínico, desde a anamnese e exame físico até a discussão dos casos com a professora. A condição mais frequentemente lembrada pelos estudantes foi a anemia, especialmente a anemia falciforme, altamente prevalente na Bahia e no Nordeste. Além disso, os alunos acompanharam casos mais complexos, como doença do enxerto. Discussão: A experiência prática foi inestimável para o desenvolvimento dos discentes. O início precoce, envolvendo alunos do primeiro e segundo ano, fomentou o interesse pela hematologia e os preparou com bagagem clínico-prática para o estudo teórico subsequente. Não só isso, o contato com a prática de anamnese e exame físico foi significativo para os alunos do ciclo básico e a discussão de casos reais auxiliou na consolidação do conhecimento no ciclo clínico. Além disso, a experiência incentivou os alunos a aprofundarem seus estudos individuais e coletivos sobre o tema – e a liga promoveu palestras e cursos sobre tópicos de maior interesse, como a interpretação de exames laboratoriais. Por fim, mesmo que nem todos os discentes sigam para a hematologia, a experiência aprimorou o conhecimento sobre o tema, o que há de ter impacto positivo na saúde da população – por exemplo, ao aumentar o contato com pacientes de anemia falciforme, prevalente na região da Universidade. Conclusão: Em suma, a vivência discente no estágio ambulatorial em hematologia desempenhou um papel importante no desenvolvimento clínico e na motivação para o estudo teórico. O acompanhamento de casos reais e complexos despertou o interesse pela hematologia e capacitou os alunos para lidar com afecções frequentes na região, como a anemia falciforme. Além disso, a prática ajudou na consolidação do conhecimento teórico e incentivou o aprofundamento dos estudos, promovendo uma formação mais robusta e integrada, contribuindo significativamente para a preparação e consciência dos alunos.
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