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Introdução: O cuidado dos idosos com demência em fase avançada apresenta importantes lacunas do conhecimento, principalmente naqueles com disfagia orofaríngea em que são utilizadas vias alternativas de alimentação em detrimento da via oral. Existem controvérsias quanto ao emprego sistemático de gastrostomia ou sonda enteral para alimentar essa população. Objetivos: Verificar a efetividade das vias alternativas de alimentação em relação aos desfechos sobrevida, incidência de pneumonia, prevalência e cicatrização de úlceras por pressão, estado nutricional e qualidade de vida através de revisão da literatura. Metodologia: Pesquisa nas bases de dados Medline, Lilacs e Scielo, utilizando como descritores as palavras demência, gastrostomia e nutrição enteral, e seus equivalentes em inglês, em todo o período de existência das bases de dados até dezembro de 2012, limitados aos idiomas inglês, português e espanhol. Foram excluídos os editoriais, as revisões não sistemáticas e as cartas ao editor. Dos artigos encontrados, foram selecionados para esta revisão somente trabalhos de coorte retrospectiva ou prospectiva que comparam idosos com via alternativa de alimentação com pacientes com via oral exclusiva. Resultados: Foram encontrados 364 artigos. Destes, apenas nove preencheram todos os critérios de inclusão. Não foram evidenciados benefícios das vias alternativas de alimentação em nenhuma das variáveis estudadas entre idosos em fase avançada de demência. Conclusão: Não há evidência na literatura de benefício das vias alternativas de alimentação em relação à sobrevida, incidência de pneumonia aspirativa, cicatrização de úlceras por pressão, estado nutricional e qualidade de vida nos pacientes com demência em fase avançada. |