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Este texto trata de uma experiência vivida com estudantes do 5º ano de uma escola pública localizada no interior do Rio Grande do Norte em uma área de periferia. A experiência aconteceu em 2016, e, teve como objetivo viver práticas de alfabetização com 26 estudantes não-alfabetizados na faixa etária de 10 a 16 anos, considerando a subjetividade dos educandos, seus percursos de vida em interação com tecnologias digitais. O contexto escolar dessa vivência é desenhado a partir de limitações estruturais e materiais. Tessitura com autores como: Freire (2008; 2001; 1992); Levy (2001); Simondon (2007); Emília Ferreiro (1999), Maturana e Varela (2011) e Ortega y Gasset (1963), Eizirik (2007), contribuíram com a discussão teórica deste fazer. A discussão é ancorada no paradigma da complexidade, ou seja, em uma abordagem que não separa as diferentes dimensões da realidade humana, tratando a realidade como fluxo, como devir. Na metodologia, utilizamos a cartografia como método de pesquisa que possibilitou acompanhar os processos vividos na experiência da pesquisa e organizarmos o percurso com os estudantes em oficinas; rodas de conversas; narrativas de si em exercícios de autoria e subjetivação. Como resultados, os 26 estudantes conseguiram produzir com autonomia seu percurso de alfabetização. Para compreender os resultados e as mudanças nas coordenações de ações dos estudantes, as narrativas de si foram o ponto de partida. Essas narrativas constituídas na experiência favoreceram pensamentos e reflexões sobre a importância de constituir redes subjetivas de autoria e afeto no contexto da escola / sala de aula. E, neste exercício de autoria coletiva e de subjetivação, com a inserção de tecnologias, incluindo as digitais nas práticas de leitura e escrita dos educandos, as aprendizagens foram sendo potencializadas. No final, foi possível perceber que em autoria, utilizando ferramentas tecnológicas como dispositivos de cognição e subjetivação, a produção de conhecimento não serviu apenas para favorecer o ato de ler, mas para a vida, para a potência de viver-conhecer. |