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Introdução: A síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) é o estágio avançado da infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV), comprometendo o sistema imunológico e tornando o organismo vulnerável a diversas infecções oportunísticas. Desde a década de 1970, a AIDS tem representado um desafio global, impactando o Brasil desde 1982. Apesar dos avanços, a persistência da doença requer estratégias abrangentes e profundo entendimento das formas de transmissão para enfrentá-la eficazmente. Objetivo: Este estudo visa compreender a taxa de detecção de HIV/AIDS no Brasil, de 2013 a 2022, bem como analisar padrões temporais, orientando estratégias futuras de prevenção e controle, destacando a necessidade de abordagens eficazes no cenário dinâmico da epidemia. Métodos: Este estudo transversal analisa notificações de casos de HIV no Brasil (2013–2022) utilizando dados do Departamento de Informação e Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), abordando macrorregiões, unidades da federação e capitais. Os dados referentes à taxa de detecção são provenientes das bases relacionadas aos sistemas de informação sobre Agravos de Notificação (SINAN), Mortalidade (SIM), Controle de Exames Laboratoriais (SISCEL) e Controle Logístico de Medicamentos (SICLOM), considerando variáveis sociodemográficas e categorias de exposição. A análise visa compreender a dinâmica de HIV/AIDS no país. Resultados: Entre 2013 e 2022, os casos de AIDS no Brasil indicaram predominância em homens, com aumento depois de 2020. A taxa de detecção de HIV por região revela variações significativas, destacando oscilações nas regiões Norte e Sul. Dados educacionais sugeriram redução nos registros, evidenciando o impacto de programas preventivos. A análise por raça/cor mostrou queda consistente nos casos de brancos, pretos e pardos, enquanto amarelos e indígenas apresentaram variações. Conclusão: A análise evidenciou a complexidade da disseminação da AIDS no Brasil, destacando a necessidade de estratégias adaptadas regionalmente. Variações por região, níveis de escolaridade e raça/cor ressaltaram a importância de abordagens multifacetadas, programas contínuos de prevenção e enfrentamento das desigualdades sociais. |