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A Arquitetura é essencial na criação de espaços legíveis, acessíveis e inclusivos que promovam a autonomia e segurança de seus usuários. Silenciosamente, os espaços comunicam ao usuário o tipo de comportamento e de movimentação mais adequados ali. A percepção dos sinais do ambiente difere entre os diversos grupos que o utilizam – idade, com deficiência ou não, se é a primeira vez no local, alfabetizados ou não. Crianças podem precisar de mais tempo e preparação para entender tais sinais e os ambientes em que estão e dependem do adulto para orientá-las. A aprendizagem depende de vários fatores e as abordagens devem ser adequadas a cada grupo específico. Muitas dessas abordagens, principalmente em relação à segurança em emergências, dirigem-se especificamente ao público adulto “padrão”, que não tem qualquer dificuldade ou condição que prejudique sua movimentação por um determinado espaço. Crianças são um grupo particularmente frágil e vulnerável, com características específicas de comportamento e aprendizado que devem ser consideradas ao se pensar em sua segurança. Através da revisão de literatura referente ao processo de aprendizado e desenvolvimento de memórias e hábitos, este artigo tem como objetivo discutir a importância de tal processo em uma eventual situação de emergência que exija um procedimento de abandono da edificação. Aborda-se, aqui, a sinergia de conceitos de aprendizado e do conhecimento do ambiente construído, que podem facilitar seu uso em situações normais, mas principalmente em situações de emergência que exijam o abandono de uma edificação escolar, neste caso por funcionários, professores e alunos de uma pré-escola. |