AVALIAÇÃO DA PRESENÇA DE ANTICORPOS IGG ANTI-SARS-COV-2 EM LÁGRIMAS DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE TOTALMENTE VACINADOS COM CORONAVAC - ESTUDO PRELIMINAR

Autor: Larissa Carolin Mansano Soares, Leonardo Amarante Pereira, Guilherme Feltrin de Barros, Matheus Prado Nascimento, Júlia Gomes da Silva, Glaucia Luciano da Veiga, Fernando Luiz Afonso Fonseca, Julio Zaki Abucham Neto, Vagner Loduca Lima
Jazyk: angličtina
Rok vydání: 2022
Předmět:
Zdroj: Brazilian Journal of Infectious Diseases, Vol 26, Iss , Pp 102452- (2022)
Druh dokumentu: article
ISSN: 1413-8670
DOI: 10.1016/j.bjid.2022.102452
Popis: Introdução: O SARS-CoV-2 foi identificado em diferentes partes do corpo humano, incluindo a superfície ocular e secreções conjuntivais. Neste ponto, as principais vias de transmissão reconhecidas são gotículas respiratórias e contato interpessoal próximo. Alguns estudos concluíram que a superfície ocular pode servir como fonte de reservatório de SARS-CoV-2; portanto, pode ser transmitida pelo contato mão-olho e depois ser transferida para outros sistemas pela via nasolacrimal e metástase hematogênica. Embora a produção de anticorpos séricos contra SARS-CoV-2 tenha sido comprovadamente induzida pela CoronaVac, pouco se sabe sobre a produção de anticorpos SARS-CoV-2 em lágrimas. Objetivo: Quantificar a presença ou ausência de imunoglobulina anti-SARS-COV-2 em filme lacrimal em pacientes totalmente vacinados com o vírus inativado compará-lo com valores sorológicos de imunoglobulinas. Método: Foram incluídos profissionais de saúde de um hospital universitário duas semanas após receberem a segunda dose da vacina. 87 pacientes quatro semanas após receberem a segunda dose com a mesma vacina tiveram suas lágrimas coletadas com Schimmer. As amostras foram mantidas em recipientes estéreis e enviadas para análise imunológica. Após a coleta da lágrima, uma amostra de sangue também foi coletada. Foram analisadas informações clínicas como sexo, valores séricos e de imunoglobulina lacrimal. Resultados: Em nosso estudo transversal, dos 87 participantes, 71 eram do sexo feminino (81,6%) e 16 (18,3%) do sexo masculino. A presença de imunoglobulina anti-SARS-COV-2 nas lágrimas foi apresentada apenas em 1 paciente do sexo masculino (1,14%), enquanto a positividade de IgG nas amostras de soro foi observada em 82 pacientes (94,2%) e 5 pacientes do sexo feminino testaram negativo (5,8 %). Além disso, também foi analisado o valor sérico total da imunoglobulina anti-SARS-COV-2 sendo 85 (97,7%) positivos e 2 (2,3%) negativos. Esses dois pacientes foram negativos para a quantidade total e valores de IgG. Conclusão: Estudos recentes mostraram que o RNA viral foi detectado em swabs oculares de pacientes COVID-positivos, o que indica que a superfície ocular é um local de infecção. No presente estudo, a maioria dos pacientes não apresentou defesa imunológica para SARS-cov-2 no filme lacrimal após a vacinação e portanto, a superfície ocular pode ser uma importante via de transmissão. Novos estudos com diferentes vacinas devem ser feitos para comparar a resposta imunológica.
Databáze: Directory of Open Access Journals