Antibioticoterapia em crianças indígenas e não indígenas desnutridas

Autor: Naipy Abreu Brunozi, Flávia Lúcia David
Jazyk: English<br />Portuguese
Rok vydání: 2019
Předmět:
Zdroj: ABCS Health Sciences, Vol 44, Iss 2 (2019)
Druh dokumentu: article
ISSN: 2318-4965
2357-8114
DOI: 10.7322/abcshs.v44i2.1142
Popis: Introdução: A prevalência da desnutrição infantil vem diminuindo em todo o mundo, mas ainda acomete milhões de crianças, especialmente indígenas. Devido ao elevado número de doenças infecciosas associadas à desnutrição, a antibioticoterapia faz parte da terapêutica recomendada. Objetivo: Observar os casos de desnutrição entre crianças indígenas e não indígenas hospitalizadas e a terapêutica empregada durante o tratamento. Métodos: Estudo de coorte retrospectivo, farmacoepidemiológico, realizado com informações extraídas de prontuários arquivados do período de janeiro de 2012 a dezembro de 2014 de um hospital público. Resultados: Participaram 166 crianças, sendo o número de crianças indígenas aproximadamente seis vezes maior do que não indígenas. Houve maior prevalência entre lactentes e crianças com idade inferior a um ano apresentaram mais chances de serem internadas por desnutrição. Os diagnósticos de desnutrição mais vistos foram os inespecíficos, com uma proporção significativa de óbitos relacionados ao diagnóstico E43. As infecções mais comuns foram do sistema digestório e respiratório. Crianças indígenas tiveram quase cinco vezes mais chances de apresentarem infecção respiratória. A maior proporção recebeu até três antibióticos, havendo crianças que receberam mais que sete antibióticos diferentes durante o período de internação. Conclusão: A população infantil deve ser acompanhada por meio de inquéritos que possam subsidiar políticas de saúde que atendam suas necessidades. É necessária a capacitação dos profissionais envolvidos no cuidado da criança desnutrida, recursos materiais e financeiros, a fim diminuir o número de diagnósticos inespecíficos e evitar o uso indiscriminado de antibióticos, sendo imprescindível uma política de controle efetiva no uso da politerapia antimicrobiana.
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