MORTALIDADE NO TRANSPLANTE ALOGÊNICO DE CÉLULAS-TRONCO HEMATOPOIÉTICAS DE MEDULA ÓSSEA POR DOADOR APARENTADO E NÃO APARENTADO NA ÚLTIMA DÉCADA NO BRASIL

Autor: VF Martins, ECSC Barros, TA Marques, NM Freitas, PM Bahia, CA Felippe, PM Faria, JRDS Evangelista, NA Costa, E Bruno-Riscarolli
Jazyk: angličtina
Rok vydání: 2024
Předmět:
Zdroj: Hematology, Transfusion and Cell Therapy, Vol 46, Iss , Pp S1040- (2024)
Druh dokumentu: article
ISSN: 2531-1379
DOI: 10.1016/j.htct.2024.09.1771
Popis: Objetivos: Descrever a mortalidade no transplante alogênico de células-tronco hematopoiéticas (TACTH) de medula óssea (MO) por doador aparentado e não aparentado nos últimos 10 anos no Brasil. Materiais e métodos: Estudo ecológico, realizado em julho de 2024, utilizando dados públicos referentes às internações para TACTH de MO aparentado, comparando com o TACTH de MO não aparentado no Brasil. Os dados foram coletados do Sistema de Informações Hospitalares (SIH/SUS), de 2014 a 2023. As variáveis selecionadas foram: internações e óbitos. O programa Microsoft Excel foi utilizado para tabulação dos dados. Resultados: Ao todo foram 4944 internações para TACTH com taxa de óbito de 7,3%, sendo 3546 por doador aparentado e 1398 por doador não aparentado com mortalidade de 6,9% e 8,1%, respectivamente. Quanto ao TACTH por doador aparentado, em 2014 foram 331 internações com taxa de 9,6 óbitos. Em 2015, constam 271 internações com taxa de óbito de 8,5. Em 2016 foram registradas 321 hospitalizações com 9,6 óbitos a cada 100 internações. Em 2017, foram 337 procedimentos com taxa de óbito de 7,4. Já em 2018, foram 374 internações com taxa de 6,4 óbitos. Em 2019 e em 2020, constam 365 e 350 internações, respectivamente, com taxa de óbito de 6,3. Em 2021, foram 375 hospitalizações com 6,1 óbitos a cada 100 internações. Em 2022, realizaram 410 procedimentos com taxa de óbito de 6,8. Em 2023, foram 412 internações com taxa de 3,6 óbitos. Quanto ao TACTH por doador não aparentado, em 2014 foram 132 internações com taxa de 15,1 óbitos. Em 2015, constam 140 internações com taxa de óbito de 11,4. Em 2016 foram registradas 167 hospitalizações com 7,1 óbitos a cada 100 internações. Em 2017, foram 181 procedimentos com taxa de óbito de 8,2. Já em 2018, foram 154 internações com taxa de 8,4 óbitos. Em 2019, foram 172 internações com taxa de óbito de 6.4. Em 2020, constam 104 internações com taxa de óbito de 4,8. Em 2021, foram 124 hospitalizações com 5,6 óbitos a cada 100 internações. Em 2022, realizaram 121 procedimentos com taxa de óbito de 8,2. Em 2023, foram 103 internações com taxa de 4,8 óbitos. Discussão: A análise comparativa da mortalidade no TACTH de MO no Brasil revela tendências e diferenças significativas na última década. Para doadores aparentados, a taxa de mortalidade apresentou tendência de redução gradual, diminuindo de 9,6% em 2014 para 3,6% em 2023, refletindo melhorias nas técnicas, na medicina de suporte e na gestão de complicações. As flutuações anuais podem ser atribuídas a variações na complexidade dos casos, modificações nas práticas clínicas e diferentes níveis de experiência e recursos disponíveis. Por outro lado, para doadores não aparentados, a taxa apresentou uma variação mais pronunciada e menos consistente, com queda significativa em 2020, seguida por uma recuperação em anos seguintes. A taxa de 8,1% para doadores não aparentados sugere que os desafios associados aos transplantes com estes contribuem para um risco mais elevado. Conclusão: O estudo revela que, apesar de uma taxa geral de mortalidade de 7,3% para TACTH houve uma tendência de redução, particularmente para procedimentos com doadores aparentados. Os transplantes com doadores não aparentados apresentaram mortalidade mais alta, embora também tenham mostrado sinais de redução nos anos mais recentes. As diferenças na destacam a importância de continuar a aprimorar as técnicas e estratégias para o manejo de transplantes a fim de reduzir a disparidade observada.
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