Geodinâmica e variações do nível do mar no Meso-Cenozóico
Autor: | Miguel Leal, Ana Ramos-Pereira |
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Jazyk: | English<br />Spanish; Castilian<br />French<br />Portuguese |
Rok vydání: | 2022 |
Předmět: | |
Zdroj: | Finisterra - Revista Portuguesa de Geografia, Vol 57, Iss 119 (AoP) (2022) |
Druh dokumentu: | article |
ISSN: | 0430-5027 2182-2905 |
DOI: | 10.18055/Finis19932 |
Popis: | Este artigo apresenta uma síntese da evolução geodinâmica e das variações eustáticas do nível do mar no Meso-Cenozóico e relaciona os acontecimentos globais com a formação da Ibéria e da Área Metropolitana de Lisboa (AML). Do regime tectónico distensivo resultou a desagregação da Pangeia, a separação entre as placas Norte-Americana e Euroasiática e a individualização da microplaca Ibérica no Cretácico Inferior. Até à formação de crusta oceânica no Atlântico desenvolveram-se bacias de rifting. A Bacia Lusitaniana está ligada à génese da Orla Mesocenozóica Ocidental, onde está incluída grande parte da AML Norte. O regime compressivo a partir do final do Cretácico deu origem a cadeias montanhosas na Península Ibérica e à reactivação de falhas tardi-hercínicas responsáveis pela formação e subsidência de uma depressão tectónica (Bacia Cenozóica do Tejo-Sado), onde se inclui a maioria da AML Sul. Neste quadro tectónico formaram-se o maciço subvulcânico de Sintra no final do Cretácico Superior ou a cadeia da Arrábida no Miocénico. A transição para o regime compressivo marcou o pico máximo do nível do mar no Meso-Cenozóico (170 a 250m acima do nível atual). As variações do nível do mar explicam a diversidade litológica da AML. As formações da AML Norte datam maioritariamente do Cretácico (predominância de calcários e margas), enquanto na AML Sul afloram sobretudo formações mais recentes (Pliocénico e Plistocénico), o que justifica o seu carácter detrítico. |
Databáze: | Directory of Open Access Journals |
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