A memória na prisão: entre a massificação e a resistência

Autor: José Mauro Oliveira Braz, Fernanda Santos Curcio, Francisco Ramos de Farias
Jazyk: English<br />Spanish; Castilian<br />Portuguese
Rok vydání: 2016
Předmět:
Zdroj: INTERthesis, Vol 13, Iss 1, Pp 1-20 (2016)
Druh dokumentu: article
ISSN: 1807-1384
DOI: 10.5007/1807-1384.2016v13n1p1
Popis: Este artigo tem como objetivo compreender como a instituição prisão consegue, por intermédio de suas dinâmicas, experiências e práticas disciplinares, funcionar de modo a provocar o nivelamento das diferenças subjetivas dos encarcerados pela assimilação das normas de convivência, em termos de submissão e obediência a cultura prisional. Como metodologia utilizada, realizou-se o levantamento bibliográfico de obras que auxiliassem na construção desta discussão, onde autores como Foucault, Goffman, Thompson e Althusser direcionaram o referido trabalho. O fenômeno da massificação subjetiva se faz presente na medida em que a instituição atua no sentido de tentar produzir semelhantes experiências nos encarcerados, transformando-as em vestígios de memórias e lembranças. Desse modo, a prisão, como qualquer outro lugar de memória, conduz seus encarcerados de acordo com um conjunto de determinações estabelecidas para a transmissão da disciplina e controle. Porém, o ambiente prisional que atua na busca da padronização subjetiva está fundamentado em contradições e de correlações de forças que dão espaço a resistência. Configurando, assim, não apenas a preservação da memória do espaço instituído, como também a produção de arranjos, ou melhor, uma modalidade de memória em termos de possíveis dobras que se impõe ao poder desta instituição.
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