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A poética de Bernard Tschumi pode ser entendida como um processo aberto a outras disciplinas, numa atuação que busca o sentido “de limite” da arquitetura ligado ao experimentalismo como forma de crítica à abordagem universalista e racionalista do modernismo, ao funcionalismo, mas também ao formalismo e ao historicismo. Em seu discurso teórico, Tschumi busca uma definição de arquitetura, defendendo-a como conceito e experiência, a partir da ideia de “prazer”, do “corpo como juiz” e da aproximação entre programa e evento. Inserindo-se no debate sobre a contextualização, defende relações entre o conceito, o contexto e o conteúdo e possíveis modos de proposição – indiferença, reciprocidade e conflito. Neste artigo, apresentamos o seu pensamento, enfatizando a ideia de intervenção contextual como interpretação. A partir da análise de três obras significativas de sua produção, buscamos entender como se dá sua operação de interpretação do contexto em situações específicas. Aprofundando o debate a partir de sua assertiva de que o pensamento arquitetônico não é uma questão de opor o Zeitgeist ao Genius Loci – colocamos sua produção como parte da discussão que remete ao tema do lugar e ao modo como o entendemos –“poética da complexidade” e “lugar complexo”. |