Indicação e tratamento dos tumores benignos do fígado Indication and treatment of benign hepatic tumors

Autor: Júlio Cezar Uili Coelho, Christiano M.P Claus, Priscilla Balbinot, Rodrigo Nitische, Victor Mamoru Haida
Jazyk: English<br />Portuguese
Rok vydání: 2011
Předmět:
Zdroj: ABCD: Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva, Vol 24, Iss 4, Pp 318-323 (2011)
Druh dokumentu: article
ISSN: 0102-6720
DOI: 10.1590/S0102-67202011000400013
Popis: INTRODUÇÃO: Os tumores hepáticos benignos ocorrem em 9% da população. A grande maioria dessas neoplasias é diagnosticada em pacientes assintomáticos durante a realização de exames de imagem de rotina. OBJETIVO: Apresentar os principais aspectos das indicações e tratamento dos tumores hepáticos benignos. MÉTODOS: Foi realizada revisão de literatura baseada em pesquisa no PubMed, Bireme e Scielo cruzando os descritores neoplasia hepática, hemangioma, adenoma e hiperplasia nodular focal. Foram selecionados, estudos de técnicas cirúrgicas e acrescentada a experiência dos autores. O hemangioma é o tumor hepático mais comum, sendo identificado entre 5% e 7% das necropsias. É mais comum nas mulheres entre as 3ª e 5ª décadas da vida e pode aumentar de tamanho na gravidez e com a administração de estrogênios. Apesar de não estabelecida, a sua causa está relacionada com os hormônios sexuais. As complicações incluem inflamação, coagulopatia, sangramento e compressão de estruturas vizinhas. Rotura espontânea é excepcional, com somente 35 casos descritos na literatura internacional. O adenoma e a hiperplasia nodular focal predominam no sexo feminino e na faixa etária de 20 a 40 anos. Enquanto o primeiro requer ressecção hepática pelo risco de sangramento e malignização, o segundo deve ter conduta expectante. CONCLUSÕES: Os tumores hepáticos benignos mais comuns são em ordem decrescente de frequência o hemangioma, hiperplasia nodular focal e o adenoma. A diferenciação entre tumores benignos e malignos é geralmente realizada com segurança com base nos dados clínicos e nos exames de imagem. O hemangioma e a hiperplasia nodular focal geralmente tem conduta expectante, enquanto que o adenoma requer ressecção pelo risco de hemorragia e de transformação em carcinoma.BACKGROUND: Benign hepatic tumors occur in 9% of the population. The majority is diagnosed in asymptomatic patients during routine imaging exams. AIM: To present the main aspects of indications and treatment of benign hepatic tumors. METHODS: A review was conducted based on literature search in PubMed, Scielo and Bireme crossing the headings liver cancer, hemangioma, adenoma and focal nodular hyperplasia. Was selected studies of surgical techniques and added the experience of the authors. Hemangioma is the most common hepatic tumor. It is identified in 5% to 7% of the autopsies. It is more common between the 3rd and 5th decades of the life and in female. This tumor may increase in size during pregnancy and with administration of sexual hormones. Although the etiology is not known, it is related with sexual hormones. Complications include inflammation, coagulopathy, bleeding and compression of neighboring organs. Spontaneous rupture is exceptional, with only 35 cases described in the literature. Adenoma and focal nodular hyperplasia are more common in young women, aged 20 to 40 years. Adenomas are treated by hepatic resection due to the risk of malignant transformation and bleeding. Focal nodular hyperplasia does not require treatment. CONCLUSIONS: The most common benign hepatic tumors are hemangioma, focal nodular hyperplasia, and adenoma. The differentiation between benign and malign tumors is usually based on clinical data and imaging exams. Hemangioma and focal nodular hyperplasia usually do not need treatment, while adenoma requires hepatic resection due to the risk of malignant transformation and bleeding.
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