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A partir de uma perspectiva de estudos narrativos midiáticos, este artigo assume o ‘narrar o conflito’ (HARB; MATAR, 2013), em contraposição à ‘mediação de conflito’ pelas mídias — sob um viés que se pretende neutro. Nesse escopo, o objetivo é debater e explorar como vem se constituindo a cobertura midiática, de forma geral, em relação a Gaza 2023-2024, a partir das mídias sociais — ativismo digital palestino e narrativas jornalísticas — na (re)apresentação dos acontecimentos jornalísticos e históricos dentro de um contexto de longa-duração da questão palestino-israelense. Baseando-nos no quadro teórico das teorias dos acontecimentos e do jornalismo como forma de conhecimento, busca-se analisar de forma crítica enquadramentos na narração da experiência de vida cotidiana em situações de conflito. Isso vai de encontro ao jornalismo convencional sobre e da questão palestino-israelense, na grande parte das vezes muito influenciado pela narrativa da hasbara sionista-israelense – termo que combina as ideias e estratégias de relações públicas e diplomacia pública. |
