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Há sempre brandura no silêncio. E há doses de violência nos silenciamentos, ainda que elas variem quanto ao volume e à constância. As linhas radicais, sobre as quais fala Santos (2009), instituintes de duas realidades, ainda animam os silenciamentos. Mais que isso: continuam a produzir inexistências (de saberes e de pessoas). Como essas linhas não são fixas, as escolas são atravessadas por elas; e isto parece evidenciar-se ainda mais quando situadas em comunidades tradicionais. À vista disso, e objetivando refletir sobre as razões que tornam, no cotidiano, o currículo de escolas quilombolas uma ferramenta de silenciamento e de produção de ausências, escrevemos o presente artigo. Provocar outras discussões é nossa intenção; tensionar as práticas curriculares, também. |