Popis: |
Este ensaio tem como objetivo problematizar a dimensão simbólica e representativa do trabalho invisível na sociedade de consumo, tomando como disparador o registro fotográfico intitulado “O operário em construção: quando o essencial é invisível aos olhos”. Para isso, o texto utiliza de argumentos para auxiliar na compreensão dos impactos sociais e subjetivos dessa invisibilidade, desvelando as estruturas que a perpetuam e propõe uma leitura crítica sobre a centralidade do consumo na formação das identidades. Metodologicamente, a análise combina a interpretação visual e teórica da fotografia, fundamentando-se em autores como Barthes e Sarduy (1981) e Kossoy (2021) para potencializar a dimensão simbólica da imagem, e Bauman (2008), Rancière (2005) e Bourdieu (2007) para articular as discussões teóricas sobre consumo, trabalho e subjetividade. O ensaio está organizado em três partes: a introdução, que apresenta o tema e estabelece o diálogo entre a fotografia e as reflexões propostas; a seção central, que explora a estética da sociedade de consumo e suas implicações para o trabalho invisível; e, por fim, as considerações finais, onde as principais reflexões são sintetizadas e ampliadas. Defende-se o trabalho como um elemento estruturante fundamental da identidade, levantando questionamentos sobre como tem sido articulado o processo de construção identitária dos “trabalhadores invisíveis” diante dos estigmas associados ao trabalho e do impacto das relações de consumo que moldam a socialização na sociedade contemporânea. |