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Considerando-se que a população negra se encontra como uma das parcelas mais negligenciadas da sociedade brasileira em questões materiais, existenciais e de qualidade de vida e que, simultaneamente, o racismo continua a ser negado como prática social, sendo suas implicações produtoras de sofrimentos, realizou-se uma pesquisa-ação junto a jovens mulheres afrodescendentes do agreste meridional pernambucano. Foram realizados quatro encontros inspirados por conceitos da temática do empoderamento, cujo rememoramento de vivências e discussões revelaram o quão engendrado o preconceito se situa em suas existências como pessoas pretas, interferindo em suas formas de lidar com a opressão que chega até elas através de uma intersecção de condições em que se encontram imersas como parte de suas pessoas, além de situar a importância de uma nova e afirmativa apresentação cotidiana do povo negro. Constatou-se, como promissor, o uso de encontros grupais na abordagem desta temática, incitando reflexões e possivelmente a compaixão e amor à negritude, colaborando a uma Psicologia negra, que inspire mudanças políticas e sociais a curto e longo prazo. |
