DIFERENÇAS REGIONAIS QUANTO ÀS INFECÇÕES POR CLAMÍDIA E GONOCOCO: UMA AVALIAÇÃO DAS INTERNAÇÕES E DA REALIZAÇÃO DE EXAMES MOLECULARES DIRECIONADOS PARA ESSES AGENTES NO BRASIL ENTRE 2013-2022

Autor: Pedro Eduardo de Moura Souza, Maria Isabel Otoni de Souza, Samira Vilas Verde Fernandes Pereira, João Henrique Fonseca do Nascimento, Carla Suanny de Santana Sena, Iana Nicole Figueiredo Magris, Lívia Pereira Costa Carvalho, Jéssica de Andrade Ribeiro Lima, Felipe Rodrigues dos Santos, João Pedro Miranda de Souza, Tâmera Luiza Rocha dos Santos, Maiêva Pereira Ribeiro, Ana Gabriela Alvares Travassos
Jazyk: angličtina
Rok vydání: 2023
Předmět:
Zdroj: Brazilian Journal of Infectious Diseases, Vol 27, Iss , Pp 103146- (2023)
Druh dokumentu: article
ISSN: 1413-8670
DOI: 10.1016/j.bjid.2023.103146
Popis: Introdução/Objetivo: As infecções por clamídia e gonococo são capazes de ocasionar doença inflamatória pélvica, conjuntivite neonatal e infecção gonocócica disseminada com potencial de ocasionar internações hospitalares. Os testes moleculares para clamídia e gonococo são tidos como primeira escolha para detecção desses agentes em pacientes assintomáticos e sintomáticos. Tendo isso em vista, o estudo objetiva avaliar o perfil de internações por infecções gonocócicas e por clamídia transmitida por via predominantemente sexual e de exames moleculares para esses agentes segundo região entre os anos de 2013-2022. Métodos: É um estudo ecológico que utiliza dados do SIH/DATASUS para internações e do SIA/DATASUS para exames moleculares adotando p < 0,05 como significativo e utilizando o BioEstat 5.0 para análise estatística. Resultados: No Brasil, observou-se um total de 1637 internações decorrentes de infecção por clamídia e gonococo entre 2013-2022 com média de 163,7/ano (±33) sendo que desses casos, 37% ocorreram na região Nordeste (61/ano ±17) e 31% na região Sudeste (51/ano ±11) com essas duas regiões demonstrando maior média se comparada as outras regiões do Brasil (p < 0,05), mas equiparáveis entre si. Das internações no Brasil, 21% ocorreram em 34 anos. Notou-se uma média de crescimento geral do número de internações (0,09 ± 0,24) com maior crescimento na região Sul (0,18 ± 0,66) e na região Nordeste (0,16 ± 0,43). Quanto aos testes moleculares, identifica-se a realização de um total de 389.735 (Mediana = 21.813,5 ± 28.296,7) com 69% dos procedimentos concentrados no Nordeste (Mediana = 97.717,5 ± 19.721,2) e 16% no Sudeste, existindo diferença estatisticamente significativa entre essas 2 regiões e as regiões Centro-Oeste e Norte (p < 0,05%). Também ocorreu um crescimento médio do número de exames realizados no Brasil (0,491 ± 1,602) com a maior média relacionada à região Norte (2,432 ± 7,521). Conclusão: A região Nordeste e Sudeste apresentam maior número de internações, o que pode ter sido um estímulo para realização de exames moleculares específicos desses agentes nessas regiões. A maior quantidade de internações ocorreu em população com idade fértil, a qual pode se relacionar com a grande quantidade de internações em
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