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Objetivos: Hemopatias malignas como Leucemias e Linfomas demandam longo tempo de tratamento ocasionando consequências físicas, mentais, sociais e econômicas para a vida dos pacientes e de seus familiares. Os objetivos do estudo são refletir através de revisão bibliográfica sobre a relevância dos cuidados paliativos e apontar quando se deve encaminhar o paciente portador de hemopatia maligna a este tipo de cuidado. Material e métodos: Estudo qualitativo e descritivo, através de “Scoping Review” nos sítios eletrônicos de busca nos últimos 10 anos a partir dos descritores em saúde: cancer, palliative care; malignant hemopathy e pediatrics. Os sítios de busca foram PUBMed e Scielo e os tipos de estudo utilizados foram: metanálise, revisões sistemáticas, ensaios clínicos e ensaios clínicos randomizados (ECR). Resultados: Foram encontrados 15 artigos, dos quais 7 foram selecionados e 8 foram excluídos: por tratarem de questões neonatais; não abordarem sobre o câncer estudado; Dos artigos selecionados, evidenciaram principalmente aspectos gerais sobre cuidados paliativos na oncologia pediátrica. Um dos pontos abordados foi a preparação das equipes multiprofissionais de cuidados paliativos. Mesmo que a maioria dos centros proporcione essa atenção, a falta de protocolos e a percepção da equipe e da família interferem negativamente no prognóstico da doença. Por fim, deve-se ressaltar o consenso em todos os artigos de que, se implantada no início do diagnóstico da doença, a estratégia de cuidados paliativos será mais eficaz. Discussão: O cuidado paliativo pediátrico é um serviço ativo que envolve atendimento da criança juntamente com a família por uma equipe multiprofissional. Deve ser introduzido independente do prognóstico e pode continuar após a morte e o processo de luto. Logo, apesar da ideia geral de que os cuidados paliativos são implementados apenas em condições avançadas e em final de vida, esse serviço também minimiza o desconforto do paciente e oferece suporte ao longo do tratamento, mas devido a percepção inadequada, da precariedade de profissionais especializados e a falta de protocolos quanto ao momento em que se deve iniciar os cuidados paliativos, cria-se uma barreira na implementação do serviço. Pesquisas indicam que cuidados realizados mais cedo melhoram a qualidade de vida do paciente, o humor, sintomas associados e diminui a incidência de distúrbios psicológicos, como também, por abranger os familiares, promovem um espaço de apoio para que eles possam expressar suas preocupações, contribuindo assim para uma abordagem mais humanizada. Conclusão: O estudo conclui acerca da importância da introdução precoce do cuidado paliativo no tratamento de pacientes com hemopatia maligna, valorizando sua individualidade, com foco nos seus interesses e de seus familiares. Dessa forma, mais estudos são necessários para que sejam definidos protocolos efetivos quanto ao melhor momento para “paliativar” este grupo de pacientes. |