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Este trabalho propõe reler o texto de Roman Jakobson Por que mama e papa? com o intuito de retomar a hipótese da descontinuidade relativa à passagem do balbucio ao sistema fonológico de uma dada língua. Assume-se que, do ponto de vista da interlocução, a fala de bebê indica, nessa passagem, uma relação simultânea entre continuidade e descontinuidade. Defende-se, ainda, que, nessa simultaneidade, aspectos físico, fisiológico, cognitivo, psíquico e linguístico encontram sentido na fala de bebê, o que permite a passagem do homem da condição de infans à de falante |