IMUNOFENOTIPAGEM ERITROCITÁRIA EM UMA POPULAÇÃO DE DOADORES DE SANGUE

Autor: JAD Santos, RA Bento, APC Sessin, JED Giacomo, APC Rodrigues, DE Rossetto
Jazyk: angličtina
Rok vydání: 2023
Předmět:
Zdroj: Hematology, Transfusion and Cell Therapy, Vol 45, Iss , Pp S697-S698 (2023)
Druh dokumentu: article
ISSN: 2531-1379
DOI: 10.1016/j.htct.2023.09.1268
Popis: Objetivos: O conhecimento da variabilidade dos antígenos de grupos sanguíneos é essencial na prática transfusional, pois são clinicamente significantes e imunogênicos, estão envolvidos em aloimunizações, reações transfusionais, anemias hemolíticas e doença hemolítica do perinatal. Quanto maior o número de transfusões um paciente é exposto, mais tende a produzir anticorpos, o que pode dificultar em encontrar sangue compatível. Os sistemas de grupos sanguíneos mais importantes na medicina transfusional são ABO/RH. O sistema ABO, primeiro sistema de grupo sanguíneo descrito, compreende epítopos expressos na superfície das hemácias, se desenvolvem naturalmente após o nascimento. Porém, por não serem exclusivos dos eritrócitos, podem estar presentes em outras células e nas secreções corporais. O sistema RH, descoberto em 1939, com muitos antígenos, além da sua capacidade de desencadear reações imunogênicas, possui uma grande importância clínica, sendo o segundo mais importante dentre os sistemas de grupos sanguíneos. Os antígenos mais importantes do grupo RH são: D, C, c, E. O objetivo desse estudo foi avaliar a prevalência dos fenótipos nos doadores de sangue do Banco de Sangue São Paulo. Método: Através de um estudo retrospectivo, foram levantados os dados dos fenótipos dos doadores do Banco de Sangue São Paulo no período de 01/01/2022 a 31/12/2022. Resultados: Foi realizado um total de 16.992 determinações para o sistema ABO: O 8.540 (50,26%), A 5.917 (34,32%), B 1.949 (11,47%) e AB 586 (3,45%). Para o sistema RH, realizado 16.952 fenotipagens: DCcEe 2.004 (11,82%), DccEe 2.006 (11,83%), Dccee 1.798 (10,61%), DCcee 5.711 (22,69%), DCCee 2.953 (17,42%), DCCEe 82 (0,48%), DCCEE 1 (0,01%), DCcEE 53 (0,31%), DccEE 318 (1,88%), ddCcEe 4 (0,02%), ddccEe 25 (0,15%), ddccee 1840 (10,85%), ddCcee 149 (0,88%), ddCCee 1 (0,01%), ddccEE 7 (0,04%). Dentre os doadores fenotipados 88,05% são RH positivo e 11,95% RH negativo. Discussão: O tipo sanguíneo O e A, foram os tipos sanguíneos de maior frequência, conforme encontrado em outros estudos de população do sistema ABO. Para o sistema Rh, a frequência para o antígeno D (88,05%), se assemelha à descrita para doadores a população de doadores de outros estudos. Quanto ao antígeno mais e menos frequente do sistema Rh, e (97%), E (26,55%), c (82,08%) e C (64,64%). Conclusão: O processo de transfusão seguro, envolve vários fatores, entre eles a seleção de concentrado de hemácias com fenótipos compatíveis para pacientes com necessidades transfusionais especiais: como portadores de anemias falciformes, talassemias, portadores de doenças oncohematológicas, pacientes que podem entrar em esquema crônico de transfusão e os que apresentam alguma aloimunização prévia. Conhecer o perfil de fenotipagem dos doadores cadastrados no banco de sangue, permite uma maior agilidade em fornecer hemocomponentes compatíveis.
Databáze: Directory of Open Access Journals