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O artigo aborda o delírio político do comunismo imaginário como estratégia neofascista no Brasil. Resultado de investigação engajada, o texto caracteriza, com argumentação politizada, esse êxtase paranoico típico da necropolítica bolsonarista, desde seu lastro histórico até sua autoblindagem plutocrática e aporofóbica, com apropriação das massas pobres como jazida legitimatória. Tais aspectos ambientam a apreensão da lógica dromocrática em jogo – da mimese perversa da estratégia occupy à política do golpe permanente, a partir da colonização neoliberal do Estado para arruiná-lo a partir de dentro, mediante privatizações indiscriminadas e desmantelamento de políticas públicas de redução de danos sociais. O arco desse traçado, que implica a função estrutural das fake news, revela a incompetência ostensiva da necropolítica bolsonarista como forma mediático-dissuasiva de governança, à sombra paradoxal de uma dromocracia extática, fundada numa velocidade clandestina e destrutiva. O artigo conclui que, no estirão da guerra cultural em curso, o delírio paranoico do comunismo imaginário corresponde a um estado de emergência que torna a população refém de um estado de exceção generalizado, necessário à perpetuação do bolsonarismo no aparelho de Estado. |