EP-008 - OSCILAÇÃO DA COBERTURA VACINAL CONTRA HEPATITE B EM NEONATOS DE MAUÁ, ENTRE 2018 E 2022

Autor: Débora Krauss Seijas, Nathaly Gabriely Corrêa Pires, Larissa Moço Bravin, Ana Beatriz Vides Valezini, Giovana Rafaela Caldeira Bezerr, Amanda Batista de Siqueira San, Fabiola Irlanda Silva Kawano, Rodrigo Antunes Pinheiro, Juliana Cristina Marinheiro
Jazyk: angličtina
Rok vydání: 2024
Předmět:
Zdroj: Brazilian Journal of Infectious Diseases, Vol 28, Iss , Pp 103938- (2024)
Druh dokumentu: article
ISSN: 1413-8670
DOI: 10.1016/j.bjid.2024.103938
Popis: Introdução: A hepatite B pode ser transmitida de mãe para filho, durante a gestação, ou no momento do parto. Essa forma de transmissão pode implicar em evolução desfavorável ao bebê, aumentando o risco do desenvolvimento de hepatite B crônica¹. A principal forma de prevenção é a vacinação. Desenvolvida com tecnologia de DNA recombinante, é extremamente segura e eficaz. No Brasil, a vacinação neonatal é crucial em áreas com acesso limitado ao pré-natal, especialmente para mães HBsAg +. Nestes casos, além da vacinação, é preconizada a administração da imunoglobulina específica (HBIG), nas primeiras 12 horas de vida². Objetivo: Este trabalho tem como objetivo avaliar a cobertura vacinal para Hepatite B, em neonatos nascidos no município de Mauá, SP. Método: Estudo transversal da cobertura vacinal contra hepatite B em crianças de até 30 dias no município de Mauá entre 2018 e 2022, utilizando como plataforma pesquisa o DATASUS³, cuja fonte é o Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações. Resultados: Em 2018, a cobertura vacinal contra a hepatite B em neonatos nascidos em Mauá, registrou um índice satisfatório de 92,69%, refletindo uma adesão positiva à vacinação. No entanto, em 2019, houve uma drástica queda, com decréscimo da cobertura para 41,51%, indicando desafios significativos no programa de vacinação. A tendência negativa persistiu em 2020, com uma queda ainda maior na cobertura vacinal, atingindo 24,72%. Tal declínio substancial persistiu no ano de 2021 (21,02%). No ano de 2022, a cobertura vacinal teve um pequeno acréscimo (47,72%), cobertura essa, ainda longe da meta estabelecida pelo Ministério da Saúde. Conclusão: Dados apresentados pelo Ministério da Saúde (MS), em concordância com os resultados do presente estudo, demonstram a queda acentuada na cobertura vacinal de doenças imunopreveníveis, iniciada em 2018 4, sendo os maiores declínios observados em regiões com maiores índices de pobreza. A pandemia da COVID-19, iniciada em 2020, também parece ter influenciado a diminuição da adesão aos calendários vacinais. A disseminação de informações incorretas, ocorrida durante este período, gerou inseguranças nos pais e, também pode ter colaborado para este cenário apresentado. Diante disso, o MS tem intensificado medidas que estimulem e promovam aumento na adesão ao calendário vacinal.
Databáze: Directory of Open Access Journals