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Na obra intitulada "Verdade e Método II" de Hans-Georg Gadamer (1900-2002) é possível encontrar uma seção dedicada à relação entre o homem e a linguagem. Ela tem como ponto de partida a formulação aristotélica do homem como um animal de lógos. Esse vocábulo grego é reconhecidamente rico de sentido, motivo pelo qual se converte ora em razão, pensamento, estudo, discurso, palavra e linguagem. É na última acepção que Gadamer foca sua construção, haja vista o homem ser mais especificamente caracterizado por Aristóteles como “lógon ântropos zóon”. Em que sentido a empresa do hermeneuta, no que diz respeito à interpretação do lógos como linguagem, diferencia-se daquela de Aristóteles? Esse trabalho tem por objetivo avaliar essa suposta distinção a partir da ideia de que haveria uma mudança de concepção da linguagem em termos de nível de abrangência. Na esteira dessa análise específica, avalio de que maneira a compreensão da linguagem de Gadamer o situa em relação à Reviravolta Linguística. |