Análise de óbitos domiciliares e hospitalares por causas respiratórias e cardiovasculares durante a pandemia da COVID-19 em Minas Gerais

Autor: Thiago Henrique Evangelista Alves, Tafarel Andrade de Souza, Samyla de Almeida Silva, Nayani Alves Ramos, Stefan Vilges de Oliveira
Jazyk: English<br />Portuguese
Rok vydání: 2020
Předmět:
Zdroj: Vigilância Sanitária em Debate: Sociedade, Ciência & Tecnologia, Vol 8, Iss 3 (2020)
Druh dokumentu: article
ISSN: 2317-269x
2317-269X
DOI: 10.22239/2317-269x.01726
Popis: Introdução: A pandemia pela COVID-19 em Minas Gerais acarretou a diminuição da procura por atendimentos médicos, como consultas ambulatoriais, exames e cirurgias eletivas, como uma das estratégias de contingência. Objetivo: Analisar as mortes por causas respiratórias e cardiovasculares durante o primeiro semestre de 2020 ocorridas em domicílios e em hospitais de Minas Gerais. Método: As causas de óbitos foram analisadas por meio dos dados do Portal da Transparência do Registro Civil nas semanas epidemiológicas 1 a 23. Resultados: Constatou-se que, comparativamente ao mesmo período de 2019, houve acréscimo nas mortes domiciliares por pneumonia (17,59%), insuficiência respiratória (20,65%), síndrome respiratória aguda grave (20,69%), sepse (31,91%), infarto agudo do miocárdio (15,56%), acidente vascular cerebral (18,29%) e por outras causas cardiovasculares (18,44%) em 2020. Já em relação aos óbitos hospitalares, constatou-se redução das mortes por pneumonia (6,08%), por insuficiência respiratória (3,59%) e por sepse (2,21%), apesar do incremento de 338,30% por síndrome respiratória aguda grave. Além disso, encontrou-se decréscimo de 3,02% dos óbitos por acidente vascular cerebral e crescimento de 3,41% por infarto agudo do miocárdio e de 2,93% para outras causas cardiovasculares. Em relação à faixa etária e ao sexo, independentemente do local do óbito, predominaram homens com idade entre 75 e 80 anos. Conclusões: Acredita-se que parte desses óbitos esteja relacionada com a reestruturação da dinâmica de atendimento hospitalar associado ao medo de procurar assistência e se infectar pelo novo coronavírus. Conclui-se que houve aumento de mortes domiciliares e redução das mortes hospitalares em 2020 por causas respiratórias e cardiovasculares em meio ao contexto da pandemia.
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