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O objetivo central do trabalho é problematizar as novas formas urbanas que se consolidaram no âmbito regional, no Brasil, a partir das políticas públicas federais das últimas três décadas. Teoricamente o texto demonstra a disputa no campo conceitual entre os modelos de lugar central e cidade-região e suas reverberações no debate nacional. Metodologicamente as análises estão baseadas nos resultados das pesquisas sobre investimentos em infraestrutura urbana (saneamento, mobilidade e habitação) e em desenvolvimento regional ocorridos entre 1990 e 2019, na escala nacional. Os objetos de análise são os centros e concentrações urbanas, os eixos de circulação e os arranjos sub-regionais proporcionados pelo planejamento federal desse período. Os resultados apontam para tendências de reestruturação territorial em curso que sem abandonar os polos como formas urbanas do desenvolvimento, avançam para nós urbanos, faixas urbanizadas e tessitura territorial como as novas formas urbanas que buscam responder à reestruturação produtiva global por funções inseridas num processo de urbanização regional. Conclusivamente, o texto retoma essas funções da cidade contemporânea consolidando a discussão sobre centralidade, circulação e integração por uma visão epistemológica e histórica. E comprova a importância em reconhecer as materialidades do território para tensionar os atuais paradigmas do campo urbano. |