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O artigo tem por objetivo tecer algumas reflexões sobre as disputas simbólicas entre as diferentes frações das esquerdas no lócus da imprensa alternativa brasileira durante a ditadura militar (1964-1985). Do ponto de vista teórico, a pesquisa se ampara na discussão histórica sobre imprensa alternativa e a sua relação com as esquerdas do período. Na vertente metodológica, busca-se, a partir da divisão categórica de Kucinski (2018), entre jornais existenciais e jornais políticos, compreender como essa ramificação no subcampo da imprensa alternativa manifestou-se nos depoimentos de jornalistas resistentes à ditadura. Empiricamente, apreende-se que o tensionamento em questão, influenciado por movimentos político-culturais mais amplos, foi responsável por condicionar aspectos profissionais, organizacionais e políticos dos periódicos alternativos. |