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O presente artigo resulta da análise imanente da "visão histórica da Psicologia Social" desenvolvida por Ignacio Martín-Baró nos dois volumes de sua Psicología Social desde Centroamerica: o volume intitulado Acción y ideología (1983) e aquele intitulado Sistema, grupo y poder (1989). Apresenta, de forma sintética, os principais aspectos de sua interpretação historiográfica, pouco conhecida e discutida. Mostramos que, para Martín-Baró, a história da Psicologia Social não deve ignorar a importância da reflexão filosófica para a pesquisa histórica; deve reconhecer a importância, para a pesquisa histórica, dos clássicos da teoria social e política; pressupõe o vínculo dialético entre o conhecimento científico e as crises sociais; encontra-se dialeticamente subordinada à história social e política; não conhece um desenvolvimento linear e cumulativo; permite a justaposição de teorias oriundas de problemáticas distintas; insere-se no movimento de surgimento das ciências humanas e sociais; pressupõe um movimento de crítica e de libertação da Psicologia; deve assumir a perspectiva dos oprimidos se ela deseja contribuir para seu processo de emancipação; deve manter uma relação crítica com a perspectiva positivista e pragmatista da ciência; deve criticar o individualismo, o psicologismo, o subjetivismo e o elitismo; não pode contentar-se com uma compreensão limitada e negativa do conceito de crise. |