BIOMARCADORES E SEU IMPACTO NO PROGNÓSTICO DAS DOENÇAS HEMATOLÓGICAS

Autor: MLS Sousa, LAL Frota, GDAC Cavalcante, LBP Leão, CDTM Frota, PHM Souza, AKA Arcanjo, AMLR Portela, LR Portela, MAR Pinheiro
Jazyk: angličtina
Rok vydání: 2024
Předmět:
Zdroj: Hematology, Transfusion and Cell Therapy, Vol 46, Iss , Pp S1119-S1120 (2024)
Druh dokumentu: article
ISSN: 2531-1379
DOI: 10.1016/j.htct.2024.09.1958
Popis: Objetivos: Este trabalho visa explorar a importância dos biomarcadores no prognóstico de doenças hematológicas, como leucemias, linfomas e mielomas múltiplos. Métodos: Foi realizada uma revisão sistemática da literatura nas bases de dados PubMed, SciELO e Web of Science, abrangendo publicações dos últimos cinco anos. Foram incluídos estudos que avaliaram biomarcadores em doenças hematológicas e forneceram dados sobre seu impacto prognóstico. Resultados: Diversos biomarcadores com relevância prognóstica em doenças hematológicas foram identificados. Na leucemia mieloide aguda (LMA), a mutação FLT3-ITD está associada a um prognóstico desfavorável, maior risco de recidiva e menor sobrevida global. Em contraste, a mutação NPM1 está associada a um melhor prognóstico, desde que ocorra na ausência de mutações FLT3-ITD. No linfoma de Hodgkin, a expressão elevada de CD30 correlaciona-se com uma resposta favorável ao tratamento com anticorpos monoclonais, enquanto a presença do vírus Epstein-Barr (EBV) está associada a um pior prognóstico em adultos, uma vez que promove a transformação maligna de células. No mieloma múltiplo, níveis elevados de beta-2 microglobulina indicam uma maior carga tumoral e pior prognóstico. Por outro lado, a elevação da enzima lactato desidrogenase (LDH) está associada a um comportamento mais agressivo da doença. Discussão: Os resultados confirmam a importância dos biomarcadores na estratificação de risco e prognóstico de doenças hematológicas. Na leucemia mieloide aguda, a presença da mutação FLT3-ITD direciona para terapias-alvo específicas, enquanto a mutação NPM1 indica melhores respostas à quimioterapia. No linfoma de Hodgkin, a expressão de CD30 é crucial para a seleção de pacientes para tratamento com brentuximab vedotin, um anticorpo monoclonal anti-CD30. A detecção do vírus Epstein-Barr em células tumorais sugere a necessidade de estratégias terapêuticas mais agressivas. No mieloma múltiplo, a beta-2 microglobulina e a LDH são fundamentais para a classificação de risco, sendo biomarcadores essenciais para o planejamento terapêutico. Esses achados destacam a necessidade de integrar a avaliação de biomarcadores na prática clínica para melhorar a precisão do prognóstico e otimizar estratégias terapêuticas, garantindo ao paciente um tratamento adequado as particularidades do seu organismo. Conclusão: Os biomarcadores desempenham um papel essencial no prognóstico das doenças hematológicas, permitindo uma abordagem mais personalizado e eficaz no tratamento dessas condições. A identificação de mutações genéticas, níveis de proteínas séricas e marcadores virais oferece uma ferramenta valiosa para a classificação de risco e o planejamento terapêutico, contribuindo para melhorar a sobrevida e a qualidade de vida dos pacientes. Futuros estudos devem continuar a explorar os novos biomarcadores e validar os existentes, ampliando as opções terapêuticas e aprimorando o manejo clínico das doenças hematológicas.
Databáze: Directory of Open Access Journals