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O presente artigo apresenta os resultados de uma pesquisa realizada com os peritos da Seção de Crimes Contra a Vida do Instituto de Criminalística de Belo Horizonte, e teve como objetivo principal compreender como se estruturam as atividades realizadas por estes profissionais e como este trabalho interfere em suas vidas, tanto no espaço onde essas atividades acontecem, como também na vida extra-laboral. Como metodologia adotou-se a técnica de entrevista semi-estruturada, tendo, como diretriz, o método biográfico. Os principais resultados apontam para a existência, entre os peritos, de satisfação com o próprio trabalho, sendo este visto como possibilidade de exercício da criatividade, sendo que as cenas investigadas por eles aparecem como um desafio na sua elucidação. Por outro lado, não se descartam aspectos potencialmente adoecedores nesse tipo de atividade, sobretudo quando elementos da organização do trabalho aparecem como impeditivos à realização de um bom trabalho. Contudo, o que se ressalta é que, a despeito disso, o trabalho dos peritos da Seção de Crimes Contra a Vida diz muito mais de saúde e desenvolvimento de potencialidades, do que propriamente fonte de adoecimento. |