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A pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV) é a principal infecção hospitalar em pacientes internados em unidade de terapia intensiva. Uma estratégia para evitar PAV é denominada de bundles, que consiste em pequenas intervenções preventivas, executadas por profissionais intensivistas. Uma das recomendações do bundles é o protocolo de higiene oral do paciente intubado, realizado pelo técnico de enfermagem, que pode minimizar a incidência de PAV nas Unidades de Terapia Intensivas (UTIs), mas que poderia ser melhor realizado pela inserção do cirurgião-dentista (CD) na equipe. O objetivo do estudo foi determinar a densidade da incidência de PAV (DIPAV) nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) de dois hospitais privados, denominados de A e B. No hospital A os pacientes não foram acompanhados por CD (grupo 1). No hospital B, houveram duas coletas, uma relativa aos pacientes sem acompanhamento de CD (grupo 2), e outra coleta de pacientes que receberam cuidado odontológico por CD (grupo 3). As densidades de incidência nos grupos 1, 2 e 3, foram respectivamente 13,76; 11,96 e 3,63. Apesar de não existir diferença estatística entre os três grupos (p = 0,33), o grupo 3 de pacientes no hospital B teve uma incidência consideravelmente menor. Em conclusão, os grupos em que houve ausência da supervisão de cirurgião-dentista na UTI foram encontradas incidências de PAV mais elevadas. O grupo com presença de dentista houve incidência mais reduzida. O presente estudo aponta para a importância da inclusão do dentista dentro da equipe de cuidados médico-hospitalares aos pacientes em uso de ventilação mecânica, pois contribui para o controle de infecção e prevenção de agravos buscais que podem ter consequências na saúde geral. |