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Embora os primeiros estudos científicos cujo escopo fosse o entendimento das mulheres na sociedade brasileira tenham se iniciado a partir da década de 1940, é necessário registrar que no contexto da recepção da sociologia no Brasil no transcurso dos últimos anos do século XIX e início do XX, elas estiveram, ainda que de maneira tímida, nos interesses daqueles que promoveram esse processo. Tobias Barreto, Tito Lívio de Castro e Florentino Menezes ilustram essa assertiva. Forjados fora dos cânones desta ciência, suas imersões nestes contextos revelam a resistência que exerceram à tendência racial, que dominou até as primeiras décadas do século XX, e os seus esforços para desabilitá-la. Aqui, o interesse sobre a situação da mulher como objeto das reflexões consagradas como sociológicas operadas no Brasil daquele contexto, indica os momentos em que as noções de raça, e seus aportes discursivos, começam a perder sua força e poder explicativo. |