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O artigo tem como objetivo compreender as geograficidades do saber-fazer no uso de plantas medicinais e de alimentos no povoado de Jurema de Pedro Leite (São Gabriel, Bahia), como expressão do corpo-terra comunitário ancestral. Na perspectiva dos povos indígenas, há um saber-fazer relacionado às plantas e aos alimentos, que remete à articulação corpo-terra-espiritualidade. Esse saber-fazer apresenta-se como uma relação geográfica situada, que aparece pela ancestralidade nos povos do sertão baiano, como expressão do equilíbrio do corpo-espírito com a terra. O artigo mostra como essa experiência comunitária de mundo entrelaça sabores, saúde e espiritualidade como possibilidade de cura/cuidado, contribuindo para uma geografia que emerge do corpo-terra vivenciado pelas ervas e pelos alimentos. |
