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O presente artigo tem como objetivo contribuir para o reconhecimento da cosmopercepção da cultura Guarani e da língua Tupi, à luz dos princípios da prática filosófica do bem viver. Em virtude disso, propõe-se a análise da obra artística visual do pintor Xadalu Tupã Jekupe (2022) e da obra literária infantil Poeminhas da Terra, da escritora Márcia Leite e da ilustradora Tatiana Móes (2016). Em consequência, discorre-se sobre o campo teórico do bem viver, da educação artística e da literatura infantil como direitos fundamentais do ser humano. Na análise observou-se que pensar a prática filosófica do bem viver no contexto educativo contribui significativamente para a consolidação de uma educação plural e inclusiva e que a dita filosofia se reflete e espalha harmoniosamente tanto na composição artística do pintor, quanto na obra literária. Portanto, aproximar as crianças às duas obras propondo uma leitura enriquecida das mesmas, pode ampliar significativamente seu repertório cultural, visual e linguístico, fazendo-as parte de uma educação inclusiva erigida nos marcos do bem viver. Por fim, desenvolve-se uma proposta pedagógica para crianças entre os 4 e 5 anos de idade, levando em consideração as obras artística e literária. |