IMPACTO DO PROJETO SAÚDE EM NOSSAS MÃOS NA PREVENÇÃO DE INFECÇÃO ASSOCIADA A CATETER VENOSO CENTRAL NO ESTADO DE SERGIPE

Autor: Nathalia Vasconcelos Barroso Todt, Carlos Daniel Rodrigues, Wagner Lacks Quintela, Edson Santana Gois Filho, Giovanna Catherine Freitas Almeida, Renata Feitosa Galindo, Maria Eduarda de Alcântara Oliveira, Horley Soares Britto Neto, Maria Eduarda Fonseca de Melo, Danilo Guimarães Siqueira, Yasmyn Menezes de Jesus Santos, Débora Cristina Fontes Leite, Matheus Todt Aragão
Jazyk: angličtina
Rok vydání: 2023
Předmět:
Zdroj: Brazilian Journal of Infectious Diseases, Vol 27, Iss , Pp 103381- (2023)
Druh dokumentu: article
ISSN: 1413-8670
DOI: 10.1016/j.bjid.2023.103381
Popis: Introdução: As infecções relacionadas ao acesso venoso central (IPCS) implicam, rotineiramente, em desfechos desfavoráveis, muitas vezes fatais, aos pacientes hospitalizados. No Brasil, em 2021, a densidade de incidência de IPCS foi de 5,2. No estado de Sergipe, nos 14 serviços que notificaram casos da infecção, foi observada uma densidade de 3,2. Apesar da gravidade relacionada à infecção, medidas simples, como a higiene das mãos, são frequentemente eficazes na sua prevenção. Diante desse cenário, o projeto Saúde em Nossas Mãos visa o estabelecimento de boas práticas para evitar as Infecções relacionadas à Assistência à Saúde (IrAS) em unidades de terapia intensiva. O presente estudo avaliou a eficácia desse projeto na prevenção de IPCS em um hospital de grande porte no estado de Sergipe. Metodologia: Foi realizado um estudo analítico e longitudinal acerca dos dados obtidos a partir da implementação do projeto Saúde em Nossas Mãos na UTI adulto de um hospital filantrópico de grande porte estado de Sergipe, no período de maio de 2022 a maio de 2023. Foi utilizado um instrumento de coleta estruturado aplicado semanalmente pelos pesquisadores. Foi realizado um estudo analítico e longitudinal acerca dos dados obtidos a partir da implementação do projeto “Saúde em Nossas Mãos” na UTI adulto de um hospital filantrópico de grande porte, no período de maio de 2022 a maio de 2023. Foi utilizado um instrumento de coleta estruturado aplicado semanalmente pelos pesquisadores, observando dados acerca da inserção e manutenção de acesso venoso central, bem como a ocorrência de IPCS. Resultado: No período observado, foram acompanhados 1797 pacientes em uso de Acessos Venosos Centrais (AVC), com uma média de 138,2 pacientes AVC/mês. O total de IPCS notificadas no período de 13 meses foi de 4 casos, sendo a densidade de incidência de 2,2 IPCS/1000 CVC-dia. Nos 3 primeiros meses de implementação do projeto, foram observados os maiores números de infecção, com a incidência variando de 0,42% a 0,48%. Ao longo dos meses, foi observada uma redução gradual no número de IPCS, com a densidade de incidência dos primeiros 6 meses de 2,76 IPCS/1000 AVC-dia e dos últimos 6 meses de 0 IPCS/1000 AVC-dia, uma redução de 97%. Conclusão: O estudo evidenciou que as medidas implementadas pelo projeto Saúde em Nossas Mãos foram capazes de reduzir a incidência de IPCS, reiterando a importância do projeto como medida complementar no controle de IrAS, notadamente das IPCS.
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