Considerações hidrodinâmicas sobre a derivação liquórica: Parte I: efeitos do cateter peritoneal

Autor: Angelo L. Maset, Samuel Caputo de Castro, José Ricardo Camilo
Jazyk: angličtina
Rok vydání: 2005
Předmět:
Zdroj: Brazilian Neurosurgery, Vol 24, Iss 01, Pp 09-16 (2005)
Druh dokumentu: article
ISSN: 0103-5355
2359-5922
DOI: 10.1055/s-0038-1625456
Popis: Este artigo é um estudo laboratorial das características do fluxo e resistência de modelos de vários tipos de cateteres peritoneais, inclusive os disponíveis comercialmente. Utilizou-se uma bancada de testes que permitiu um controle preciso da pressão de perfusão do sistema. Os resultados demonstram que os cateteres comercialmente disponíveis não possuem resistência (Rout) significativa; o cateter aberto apresentou uma Rout que variou de 1,12 a 1,95 mmHg/ml/min, e o cateter com fendas de 10 mm apresentou uma Rout que variou de 1,22 a 1,26 mmHg/ml/min. Em humanos, os níveis considerados normais do elemento resistivo da dinâmica liquórica (Rout) é de até 3 mmHg/ml/min. Isso significa que os cateteres peritoneais testados reproduzem os valores dos elementos resistivos fisiológicos. Contudo, considerando-se a hipótese de Kajimoto, os cateteres de 8 mm e 9 mm possuem potencial para acrescentar o elemento resistivo adequado ao sistema de derivação. O cateter com fendas de 8 mm teve, em ΔPinicial de 5,15 mmHg, um fluxo de 2,11 ml/min e Rout de 2,45 mmHg/ml/min e, em ΔPsentado (14 mmHg), um fluxo de 9,96 ml/min e Rout de 1,41 mmHg/ml/min, representando um elemento resistivo adicional de 25% quando comparado ao cateter aberto tanto em ΔP inicial quanto em ΔPsentado. O cateter com fendas de 9 mm teve, em ΔPinicial de 4,05 mmHg, um fluxo de 1,93 ml/min e Rout de 2,1 mmHg/ml/min, e em ΔPsentado , um fluxo de 10,32 ml/min e Rout de 1,36 mmHg/ml/min, representando um elemento resistivo adicional de 7% em ΔPinicial e de 21% em ΔPsentado quando comparados com o cateter aberto. Assim, os cateteres de 8 mm e 9 mm mostraram potencial para contribuir como um elemento resistivo adicional para limitar o efeito sifão, e merecerão estudos futuros para se observar os efeitos hidrodinâmicos numa bancada de testes que inclua um sistema valvular.
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