OR-22 - SÍFILIS GESTACIONAL: ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO NO BRASIL DURANTE O PERÍODO DE 2018 A 2022

Autor: Juan Rodrigues Barros, Davi Arantes Rodrigues, Maria Luisa Souza de Paula, Mylena Etelvina de Macedo Alves, Felipe Mendes Bessone, Victor José Torres Teodósio, Maria Eduarda Souza Miranda, Vinicius Cavalcanti de Carvalho, Fernanda Jéssica Correia Soares, Plínio Eulálio dos Santos Gonçalves
Jazyk: angličtina
Rok vydání: 2024
Předmět:
Zdroj: Brazilian Journal of Infectious Diseases, Vol 28, Iss , Pp 103899- (2024)
Druh dokumentu: article
ISSN: 1413-8670
DOI: 10.1016/j.bjid.2024.103899
Popis: Introdução: A sífilis é uma doença de caráter infecto-contagioso capaz de acometer neonatos, sendo a segunda maior causa-morte de natimortos. É uma moléstia de diagnóstico simples no decorrer do pré-natal. Objetivo: Estudar as características epidemiológicas de pessoas que gestam acometidas por sífilis gestacional no Brasil no período de 2018-2022. Método: Estudo epidemiológico transversal, produzido com dados do Sistema de Informação Ambulatorial do DATASUS, considerando divisões por ano, região, escolaridade e tipo de sífilis. Resultados: Durante o período analisado, foram confirmados 352.382 casos de sífilis em gestantes. A região mais acometida foi a região Sudeste, com 160.776 (33,13%) notificações. O ano de maior incidência foi em 2022, com o total de 83.033 (23,56%) casos. A faixa etária mais acometida é o intervalo entre 20-39 anos (262.900; 74,60%), seguido de 15-19 anos (79.027; 22,42%). Com relação à classificação clínica da sífilis, as mais prevalentes entre as gestantes foram a latente e a primária, totalizando 138.312 (39,24%) e 89.468 (25,38%) casos, respectivamente. Dispensando-se os 1.440 casos Ignorados/Branco, nota-se, dentre os 4.853 casos de sífilis em gestantes em que houve registro da escolaridade, maior incidência em gestantes de ensino médio completo (1.388; 28,60%). Conclusão: Diante do cenário epidemiológico e do acometimento apresentados pela sífilis em gestantes, as maiores incidências foram: o ano de 2022, a região Sudeste, a faixa etária de 20-39 anos e apresentando, principalmente, classificação clínica latente ou primária. A partir do exposto, demonstra-se a necessidade de aprimorar políticas públicas voltadas para a conscientização acerca das IST's, como, também a capacitação dos profissionais de saúde para lidar com os recortes etário, escolar e regional apresentados. Esse estudo possui limitações ao utilizar dados secundários, fato demonstrado no registro dos números elevados de Ign/Branco, de modo a ratificar a indispensabilidade de uma notificação mais apurada por parte dos profissionais da saúde.
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