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A partir da transversalidade e do diálogo entre as áreas de educação e comunicação, este artigo analisa o filme da propaganda governamental do censo escolar brasileiro de 2021 e observa os seus elementos estéticos e de linguagem fílmica para obter representações da educação no espaço público institucional e a maneira como nele está construída a ideia de docência como profissão. Ao destacar imagens da propaganda institucional, a abordagem é sobre os elementos cênicos, as padronagens de cores, a construção de personagens, as posturas, os gestos e os figurinos, para transcender a percepção dos detalhes em termos de reflexão sobre o texto/diálogo, metáforas e a simbolização imanente. A análise encontra fundamentação teórica nos aportes conceituais bourdieusianos de campo, agente e habitus. A propaganda governamental, naqueles momentos históricos de autoritarismo, expressa formas de representação (de escola e dos espaços de trabalho escolar; de agentes educacionais; dos relacionamentos que os profissionais da educação estabelecem no campo educacional, dentre outras) que reproduzem violências simbólicas, estereotipias de gênero e relações de dominação, segregação e colonialidade que tensionam a profissionalização do ensino, naquilo que envolve a docência evoluir de uma concepção de vocação para uma de profissão. |