RELAÇÃO DA FAIXA ETÁRIA E ÓBITOS POR SEPTICEMIA NA BAHIA DURANTE OS ANOS DE 2021 E 2022: ESTUDO TRANSVERSAL

Autor: Pablo de Almeida Cerqueira Filho, Maria Eduarda Amorim Santos, Rafael Pereira Espínola, Matheus Piñeiro Possolo
Jazyk: angličtina
Rok vydání: 2023
Předmět:
Zdroj: Brazilian Journal of Infectious Diseases, Vol 27, Iss , Pp 103226- (2023)
Druh dokumentu: article
ISSN: 1413-8670
DOI: 10.1016/j.bjid.2023.103226
Popis: Introdução/Objetivo: A septicemia é uma inflamação generalizada do organismo em reposta a uma infecção, o que leva a alterações no funcionamento dos sistemas. Como também, é uma patologia grave, com mortalidade em 65% de todos os casos no Brasil em 2021, e maior número de óbitos na Bahia nos anos de 2021 e 2022. Por isso, objetivou-se analisar a relação das faixas etárias com o número de óbitos em decorrência da septicemia na Bahia nos anos de 2021 e 2022. Métodos: Trata-se de um estudo transversal a partir do banco de dados de Morbidade Hospitalar do SUS, disponibilizado pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. Foram incluídos indivíduos residentes do estado da Bahia e que foram hospitalizados por septicemia nos anos de 2021 e 2022. As variáveis investigadas foram cor/raça, sexo e idade. Foram realizadas análises bivariadas pelo teste qui-quadrado de Pearson, tendo como variável dependente as faixas etárias. Incluíram-se as variáveis com p-valor < 0,10 na análise bivariada. O nível de significância adotado foi de 5%. Resultados: A população deste estudo foi de 2832 indivíduos com idade de 0 a 79 anos. Na análise, a associação entre a faixa etária e os números de óbitos nos anos de 2021 e 2022 foi investigada por um Teste Qui-quadrado de independência. Os resultados indicaram que ambas as variáveis são associadas (X2(1) = 16.7, p = 0.081). O tamanho do efeito foi calculado pelo V de Cramer, que se mostrou próximo de +1 (V = 0,0769), e pelo Coeficiente de Contingência de Pearson (CC = 0,0766). Conclusão: Verificou-se que ao decorrer das faixas etárias, idades mais avançadas estão associadas à um pior prognóstico, enquanto as idades mais jovens diminuem a chance de óbito. Portanto, considerando a significativa taxa de mortalidade por septicemia, a maior da Bahia em ambos os anos, pacientes idosos internados pela patologia são considerados grupos de risco, observando maior chance de óbito quando analisada as internações dessas faixas etárias (60 a 79 anos).
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