Análise das dispensações de antibióticos beta-lactâmicos em uma drogaria do município de Recife/PE
Autor: | Elisangela Oliveira de Santana, José Orlando Sousa da Silva, Maurilucio Apolinário Filho, Josiane Vieira Dos Santos, Danilo Pontes De Oliveira Barros, Aldo César Passilongo da Silva, Manuella Alexandre Torres Santos, Karinna Moura Boaviagem |
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Jazyk: | English<br />Spanish; Castilian<br />Portuguese |
Rok vydání: | 2023 |
Předmět: | |
Zdroj: | Jornal de Assistência Farmacêutica e Farmacoeconomia, Vol 3, Iss s.1 (2023) |
Druh dokumentu: | article |
ISSN: | 2525-7323 2525-5010 |
DOI: | 10.22563/2525-7323.2018.v3.s1.p.16 |
Popis: | Introdução: A prescrição de antimicrobianos exerce papel fundamental no tratamento medicamentoso. Os antimicrobianos compõem uma das classes terapêuticas mais prescritas e dispensadas pelas farmácias e drogarias. As doenças infeciosas causadas por bactérias representam um grave problema de saúde pública. Seu uso contribui para uma significativa redução da mortalidade provocada pelas doenças transmissíveis e infecciosas. Os antibióticos β-lactâmicos dividem-se nas subclasses penicilinas, cefalosporinas, carbapenêmicos e mono β-lactâmicos. A utilização inadequada desses fármacos tem implicações no aumento das taxas de resistência microbiana acarretando o surgimento de microrganismos multirresistentes, gerando custos adicionais aos serviços de saúde e aumentando a morbidade dos pacientes. Objetivo: O presente estudo teve como objetivo analisar o perfil de dispensação de antibióticos β-lactâmicos em uma drogaria no município do Recife. Metodologia: Tratou-se de um estudo descritivo com abordagem quantitativa em uma drogaria localizada na cidade de Recife. Foram analisados relatórios da comercialização dos antibióticos β-lactâmicos constantes no Anexo I da RDC 20/11, dispensados na farmácia, no período julho a dezembro de 2016. Resultados: De um total de 590 antibióticos β-lactâmicos, 58,30% foram penicilinas e 41,69% cefalosporinas. Vale ressaltar que a combinação de β-lactâmicos não é recomendada devido à possibilidade de ocorrência de antagonismo pela clivagem do anel β-lactâmico. Verificou-se através do presente estudo que o medicamento mais consumido foi a cefalexina (37,79%), seguido de Amoxicilina (34,23 %) e Amoxicilina + Clavulanato (23,38%). Analisando isoladamente, a subclasse terapêutica mais utilizada, foi às penicilinas (58,30%), considerada uma subclasse bastante tolerada no contexto dos antimicrobianos. A segunda subclasse mais consumida foram as cefalosporinas com 41,69%, possivelmente, em decorrência de infecções do trato respiratório superior. Conclusão: Portanto, o uso irracional de antimicrobianos dentre eles os β-lactâmicos, poderá acarretar resistência bacteriana, superinfecção pela erradicação da flora normal, aumento do risco de toxicidade e dos custos do tratamento, elevação do número de óbitos, além da possibilidade de antagonismo quando combinados dois antimicrobianos que irão competir pelo mesmo sítio de ação. Ressalta-se desta forma, a necessidade de ações multidisciplinares para o uso racional e controle dos antimicrobianos, através da realização do seguimento farmacoterapêutico, perpassando pela educação continuada, e análise da prescrição até a administração ao usuário, bem como, análise e intervenção pelo profissional farmacêutico nas situações que indiquem problemas relacionados ao medicamento. |
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