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A incidência das afecções ortopédicas é bastante elevada na rotina clínico-cirúrgica. Neste contexto, objetivou-se realizar um estudo retrospectivo dos principais agravos ortopédicos de membros pélvicos em cães, atendidos em clínicas veterinárias de Manaus, Amazonas, no período de 2018 a 2021. Foi realizado levantamento das fichas de pacientes caninos, considerando-se apenas os prontuários com queixa ortopédica em membros pélvicos que possuíssem histórico, resenha e diagnóstico confirmado. De um total de 103 fichas analisadas, identificou-se que 29,13% (n=30) dos animais apresentaram fraturas de ossos longos, 24,27% (n=25) fraturas de pelve, 13,59% (n=14) displasia coxofemoral, 11,65% (n=12) luxação de patela, 8,74% (n=9) ruptura do ligamento cruzado cranial, 8,74% (n=9) luxação coxofemoral traumática, e 3,88% (n=4) afecções concomitantes. Em relação às fraturas de ossos longos, 65,62% (n=21) representaram fraturas femorais e 34,38% (n=11) fraturas de tíbia/fíbula. As afecções traumáticas foram identificadas em 65,05% (n=67) dos casos, sendo que 73,13% (n=49) foram decorrentes de atropelamentos, 23,88% (n=16) de quedas e 2,99% (n=2) outros acidentes. Identifica-se também que a frequência das afecções foi maior em animais de pequeno porte (71,84%, n=74), SRD (41,75%, n=43) e em machos (56,31%, n=58). Em função de tais achados, pode-se afirmar que há uma elevada casuística de fraturas do esqueleto apendicular em cães causadas por traumas na cidade de Manaus, o que demonstra a importância do conhecimento epidemiológico para o diagnóstico das afecções ortopédicas mais comuns, bem como nortear o clínico acerca das condições comumente encontradas na rotina clínico-cirúrgica. |