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A sepse se caracteriza por um conjunto de manifestações graves, causado por uma resposta inflamatória descontrolada a infecções bacterianas. Pacientes com essa condição são tratados nas unidades de terapia intensiva e o início precoce do tratamento pode aumentar as chances de sobrevivência. Este estudo tem como objetivos avaliar a curva de mortalidade dos animais após serem submetidos à sepse, analisar os marcadores de estresse oxidativo e a atividade das enzimas antioxidantes, avaliar a atividade das metaloproteinases 2 e 9 e comparar a evolução da sepse em animais jovens e idosos. Para tal, foram utilizados camundongos selvagens C57BL/6 machos com idade entre 8 a 12 semanas, representando os animais jovens; e com idade entre 28 a 30 semanas, representando os animais idosos. Esses animais foram divididos em duas categorias, o grupo controle, que foi submetido à uma cirurgia falsa (sham), ou seja, sem a ligadura e perfuração do ceco e o grupo CLP, que passou pela cirurgia de indução à sepse. Os animais jovens e idosos ainda foram divididos em dois subgrupos, sendo um grupo acompanhado e pesado por 5 dias após a cirurgia e o outro grupo, de forma análoga, por 10 dias. Após esse acompanhamento, os animais foram eutanasiados e o seu cérebro foi extraído para as dosagens. Análise da atividade das enzimas antioxidantes catalase e superóxido dismutase (SOD) foram feitas, além disso, também foram realizadas quantificação de proteína carbonilada, um marcador de dano tecidual. Por fim, também foi realizada a técnica de zimografia para análise das metaloproteinases 2 e 9. Como resultado pode-se observar que não há diferença estatística entre os animais jovens e idosos em relação à mortalidade, mas sim entre os grupos sham e CLP. Além disso, foi observado que existe uma relação estatística significativa da idade sobre a atividade das enzimas que atuam minimizando o estresse oxidativo, sendo elas aumentadas nos animais jovens e diminuídas nos animais idosos. Já as MMPs, observou-se que sua atividade estava aumentada em animais sépticos jovens. Esses resultados indicam que, em relação ao dano tecidual e atividade antioxidante, há interferência da idade na resposta do hospedeiro à sepse. |