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A guerra civil na antiga Iugoslávia (1991 – 1995) teveum forte componente étnico – religioso. Na tentativa de manter a coesão de um Estado criado artificialmente pós-1ª Guerra Mundial, foram buscadas identidades e aceitas - e institucionalizadas - as diferenças entre os diversos povos que constituíam a “terra dos eslavos do sul”. A partir da década de 1980 as diferenças foram realçadas e durante a guerra levadas ao extremo, especialmente nos territórios da Croácia e da Bósnia Herzegovina. A partir de pesquisa bibliográfica e da experiência pessoal do autor e, utilizando conceitos de cultura, etnia, identidades, diferenças, pertencimento, nação e Estado, o texto apresenta como as diferenças étnico-religiosas foram utilizadas durante a guerra civil na Iugoslávia para reivindicar a posse de territórios, fortalecer o discurso da impossibilidade de convivência, supervalorizar possíveis ameaças e medo e justificar o cometimento de crimes contra a humanidade. |