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A vacinação configura o processo imunológico ativo em que uma substância biológica estimula os mecanismos naturais de defesa do corpo, conferindo a proteção do indivíduo e, consequentemente, da população. O início da pandemia da COVID-19 repercutiu em múltiplos aspectos, inclusive nas campanhas e índices de vacinação, concomitante a isso houve também um aumento no debate sobre o tema. O objetivo desse trabalho é analisar os índices de abandono vacinal entre o intervalo dos anos 2017 - 2021 no território baiano. Trata-se de estudo ecológico, retrospectivo e descritivo que baseou-se em Dados Secundários do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde no Sistema de Informações da Política Nacional de Imunização entre os anos de 2017 - 2021. Os critérios de inclusão foram Região, Imunobiológicos, Todas as Raças, Todos os Sexos e Faixa Etária entre 30 dias a 15 anos. Os critérios de exclusão foram dados incompletos ou variáveis não elegíveis. Foi realizado o cálculo de Taxa de Abandono, referente ao percentual de vacinados que iniciaram o esquema e não finalizaram, consistindo na diferença entre a quantidade de dose 1 (D1) e de doses que finalizou o esquema vacinal, dividido pelo total de D1, multiplicado por 100. O Microsoft Office Excel 2019 foi utilizado para cálculo dos dados estatísticos. Os dados evidenciaram que, entre os anos de 2017 - 2021, a Bahia foi o 12º estado no território nacional com maior taxa de abandono vacinal. Ilustrou-se que a cada aproximadamente 5 pessoas vacinadas, uma não voltou para completar o esquema vacinal, configurando uma média de abandono das imunizações nesses anos de 18,11%. Além disso, é notável um padrão crescente nas taxas de desistência correspondentes aos anos de 2017 (14,1%), 2018 (21,50) e 2019 (25,60). A partir do ano de 2020, observou-se redução das taxas de desistência vacinal, sendo notificado 23,7% em 2020 e 19,9% em 2021, até o mês de junho. A margem de erro desses 5 anos foi de 4,2. Por conseguinte, constatou-se que o índice de abandono vacinal e o não cumprimento do calendário de imunizações ainda encontram-se elevados. Analisou-se que houve uma diferença na progressão do abandono vacinal entre os anos retóricos e o período da pandemia. Dessa forma, é preciso sensibilizar a população sobre a importância da vacinação, por meio de ações educativas realizadas na Atenção Primária de Saúde, além de fazer a busca ativa daqueles com o esquema vacinal incompleto para que finalizem suas imunizações. |