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Este artigo parte do conceito filosófico de emancipação, sobretudo da figura do “mestre ignorante” defendida por Jacques Rancière, para investigar seus desdobramentos em duas obras cinematográficas. Para tanto, elegemos dois filmes produzidos entre 1950 e 1960, momento histórico de desenvolvimento dos cinemas novos e da preocupação com a formação de um público crítico e reflexivo, ambos centrados nas imagens de rituais litúrgicos. Trata-se de Os mestres loucos (1955), de Jean Rouch, e Barravento (1962), de Glauber Rocha. Comparados sob a luz do pensamento rancièriano, argumentamos que, embora os dois diretores se alinhem a propostas emancipatórias, o etnógrafo francês adota maior didatismo, enquanto o cineasta brasileiro demanda uma postura ativa de seu espectador. |