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Este artigo se originou de uma pesquisa, cujo principal objetivo foi o de identificar, quantificar e analisar, no Museu da Inconfidência, localizado na cidade de Ouro Preto, Minas Gerais, a presença de sujeitos auto declarados escolares. Para isso, foram utilizados como fontes, cartas e ofícios encaminhados por professores e diretores de escolas, direcionados aos diretores do Museu, e os livros com as assinaturas dos visitantes, fontes privilegiadas nesta pesquisa. Trata-se de uma fonte original ainda pouco explorada pelas pesquisas no campo da História e da História da Educação. O período definido para este estudo compreendeu os anos de 1945, quando o museu foi inaugurado, e 1965, quando se iniciou uma nova fase política, com a instauração da ditadura, em que se observa modificações nos discursos culturais, de forma geral, e educacionais, de forma particular. As análises foram feitas a partir dos levantamentos quantitativos dos visitantes autodeclarados estudantes e professores, ou ligados a instituições de ensino. Observou-se a predominância de um maior número de visitantes ligados a instituições particulares e religiosas, e um registro significativo de visitantes de escolas militares, enquanto a presença de sujeitos ligados à escola pública, mesmo as geograficamente próximas, foi bem rarefeita. |