PACIENTES COM LINFOMA NÃO-HODGKIN: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA REGIÃO SUDESTE DE 2019 A 2023

Autor: GDS Almeida, GS Guerato, AFG Martins, LS Teixeira, LR Rocumback, PZ Manoel, MS Guterres, GG Dornelas, LM Franco, LHMSG Graciolli
Jazyk: angličtina
Rok vydání: 2024
Předmět:
Zdroj: Hematology, Transfusion and Cell Therapy, Vol 46, Iss , Pp S241-S242 (2024)
Druh dokumentu: article
ISSN: 2531-1379
DOI: 10.1016/j.htct.2024.09.404
Popis: Objetivo: Traçar o perfil epidemiológico dos casos de Linfoma Não-Hodgkin no estado do Sudeste no período de 2019 a 2023. Material e métodos: Estudo epidemiológico de abordagem quantitativa, caráter descritivo e retrospectivo sobre internações por Linfoma Não-Hodgkin, realizado através de extração de dados no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde, na série temporal de 2019 a 2023. As variáveis de internação incluíram faixa etária, sexo e ano de processamento, sendo estratificadas por região brasileira. Resultados: Entre 2019 e 2023, houve um total de 38.860 internações por Linfoma não-Hodgkin na região Sudeste do Brasil. As faixas etárias com maior número de internações foram 60 a 69 anos, seguida de 50 a 59 anos e 70 a 79 anos que representaram, respectivamente, 22%, 19% e 13% de todas as internações no período. São Paulo registrou o maior número de internações (21.822), enquanto o Espírito Santo teve o menor número (1.941). São Paulo registrou 4.405 internações em 2019, 4.356 em 2020, 4.207 em 2021, 4.258 em 2022 e 4.576 em 2023, o maior número anual. Já o Espírito Santo teve o menor índice: 341 em 2019, 349 em 2020, 384 em 2021, 440 em 2022 e 427 em 2023. São Paulo e Minas Gerais reduziram as internações de 2019 a 2021, mas aumentaram em 2022 e 2023. No Rio de Janeiro, houve queda de 2019 a 2022 e aumento em 2023. O Espírito Santo teve números estáveis até 2021, mas subiu em 2022 e 2023. O total da região caiu de 2019 a 2021, mas cresceu em 2022 e 2023. Apesar das flutuações, internações por Linfoma não-Hodgkin subiram nos últimos dois anos. A morbidade foi maior no sexo masculino, com mil casos a mais que no sexo feminino a cada ano. Embora tenham ocorrido variações ao longo dos anos, o número total de internações por Linfoma não-Hodgkin aumentou em 2023 em comparação a 2019. Discussão: A distribuição do linfoma não-Hodgkin (LNH) no Brasil apresenta variações, contrariando a tendência por apresentar menor incidência em idosos. Essa neoplasia hematológica tem distribuição geográfica diversificada, refletindo diferenças epidemiológicas e etiológicas. De 2019 a 2023, internações por LNH no Sudeste aumentaram com a idade, destacando-se São Paulo com mais casos e o Espírito Santo com taxas mais baixas, devido à população e acesso aos serviços de saúde, especialmente em São Paulo. O aumento de internações no Brasil, principalmente em 2023, sugere maior procura por tratamento ou melhor detecção da doença. A concentração de internações em São Paulo reflete a população e serviços de saúde desenvolvidos. Porém, a análise é limitada pelos dados do DATASUS, que podem não incluir aspectos socioeconômicos relevantes. Conclusão: Determina-se a necessidade de investir em pesquisas sobre o Linfoma Não-Hodgkin, considerando as oscilações de internações e as influências socioeconômicas e infraestruturais. É necessário melhorar o diagnóstico e a saúde do país. Fatores socioeconômicos e socioculturais devem ser considerados para desenvolver estratégias de ações de saúde para os grupos mais afetados. Outros grupos étnicos e regiões devem ser analisados, levando em conta possíveis subnotificações e dificuldades de acesso aos serviços de saúde. Estudos são essenciais para desenvolver programas de saúde pública mais eficazes e reduzir os números de óbitos por púrpura trombocitopênica.
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