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O transplante renal é, atualmente, a melhor alternativa de tratamento para a doença renal crônica em estágio avançado. Melhorias na avaliação imunológica pré-transplante, como o emprego rotineiro de testes para identificação de anticorpos anti-HLA no soro do receptor, possibilitaram a identificação de pacientes com alto risco imunológico, com maior chance de rejeição ao enxerto e permitiram melhor alocação dos órgãos doados. Paralelamente, a disponibilidade de novas medicações imunossupressoras aumentou a gama de opções para o tratamento após o transplante. Esses dois fatores foram os responsáveis pelo grande sucesso dos programas de Transplante Renal em curto prazo, tornando possível o transplante entre indivíduos não aparentados com uma incidência de rejeição aguda satisfatória. No entanto, os resultados em longo prazo permanecem abaixo do desejado. Um dos principais problemas enfrentados pelo nefrologista atualmente é avaliar, de maneira confiável, o grau de imunossupressão de cada paciente. A reatividade imunológica contra o enxerto, presente em diferentes graus durante todo o período após o transplante, permanece pouco acessível pelos exames de rotina disponíveis. Os métodos diagnósticos atuais não são capazes de identificar as diferentes variações dessa reatividade, que é bastante heterogênea, compreendendo um amplo espectro que varia de rejeição a tolerância. Dessa forma, faz-se necessário o desenvolvimento de ensaios voltados para a monitorização imunológica após o transplante renal, os quais possibilitariam o diagnóstico precoce de eventos deletérios ao enxerto, além de melhor individualização da terapia imunossupressora. |