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Neste artigo, problematizamos a formação docente a partir da inspiração em Michel Foucault, tomando sua noção de experiência, que envolve saber, poder e processos de (des)subjetivação, para pensar a formação profissional como um processo de se constituir como docente. Para isso, mobilizamos a experiência de uma estudante lésbica na disciplina de Estágio Supervisionado em Ensino de História, em um curso de licenciatura de uma universidade pública, discutindo como ela aciona conhecimentos sobre sexualidade e gênero para pensar a produção de si na formação docente. Como metodologia, adotamos a perspectiva pós-estruturalista com foco na problematização como um método de análise. O artigo conclui que a universidade e a formação, podem, respectivamente, ser espaço de formação e ação de questionamento de saberes já constituídos. Desse modo, podem ser estabelecidas relações novas com o que se está em questão, sendo, pois, possível que experiências de (des)subjetivação aconteçam e/ou técnicas de si sejam acionadas para viver de um outro modo possível. |