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Objetivos: O Comitê Transfusional (CT) é um grupo multidisciplinar de profissionais, de caráter técnico-científico, responsável pelo monitoramento da prática hemoterápica na instituição de assistência à saúde a qual está vinculado. No Distrito Federal (DF), a Fundação Hemocentro de Brasília (FHB) é responsável pela hemovigilância e capacitações relacionadas ao tema. Nesse contexto, foi desenvolvida a 1ªOficina para Comitês Transfusionais do Distrito Federal com o objetivo de capacitar e sensibilizar os profissionais dos CT hospitalares da Hemorrede Pública do DF para que estejam aptos a efetuar revisão crítica e sistemática da prática hemoterápica, visando o uso racional do sangue, a educação permanente em hemoterapia, a hemovigilância e a elaboração de protocolos de atendimento para a rotina hemoterápica. Métodos: Trata-se de um relato de experiência sobre a organização e realização da 1ª Oficina para CT do DF. O evento, realizado presencialmente nos dias 04 e 05 de maio de 2023, teve formato teórico-prático e aconteceu em Brasília/DF. A coordenação ficou a cargo da Diretoria da Hemorrede e da Gerência de Hemovigilância da FHB. O público-alvo incluiu membros dos CT da Hemorrede Pública do DF e dos serviços de hemoterapia conveniados à FHB. A oficina contou com instrutores e apresentadores da FHB, da Hemorrede Pública do DF, além de profissionais convidados de instituições públicas e privadas do DF e de outros estados do Brasil, com expertise nas temáticas abordadas. Aplicou-se uma avaliação de conhecimento prévio/posterior quanto à temática abordada no evento, bem como uma avaliação de reação para medir a satisfação dos participantes em relação ao evento. Resultados: A Oficina obteve 120 inscritos, com as seguintes categorias predominantes: Enfermeiros (24,4%), Biomédicos (23%), Técnicos de Laboratório/Hemoterapia/Hematologia (17%) e Médicos (11,1%). A taxa de participação no evento foi de 76% (89 participantes). Foram apresentadas 16 palestras abordando diversos temas em Hemovigilância, Segurança do paciente, CT e Patient Blood Management (PBM), além de uma atividade prática sobre o Ciclo do Sangue. Quanto à realização do pré-teste, a aplicação deu-se no ato da inscrição, obtendo-se 38 respostas (32%) com pontuação média de 6,37. Para o pós-teste, aplicou-se o mesmo questionário após a finalização do evento, obtendo-se 52 respostas (58%) com pontuação média de 8,15. A avaliação de reação demonstrou que os requisitos relacionados ao conteúdo, palestrantes selecionados, aquisição de novos conhecimentos e instalações/recursos audiovisuais, foram alcançados resultados acima de 80% somando-se as classificações Ótimo, Muito bom e Bom. Discussão: Diante do ineditismo do evento, a quantidade de participantes foi considerada satisfatória, com abordagem de temas relevantes e pertinentes para a prática hemoterápica cotidiana, além de possibilitar conhecer as peculiaridades e abrangência dos diferentes Comitês. Para o próximo evento, há que se considerar uma melhor programação do tempo e o aprimoramento dos instrumentos para mensuração da efetividade da capacitação. Conclusão: A Oficina propiciou uma valiosa troca de experiências entre os diferentes Comitês e a ampliação de conhecimentos dos participantes por meio de palestras ministradas por especialistas. Devido à importância dessa iniciativa para a educação permanente no contexto da hemovigilância e atuação dos CT, a Oficina será incluída no calendário permanente de eventos da FHB. |