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Temos como objetivo abordar qual modelo de linguagem traz a mais coerente concepção de mundo para Wittgenstein. Analisamos as suas duas principais obras, no Tractatus Logico – Philosophicus (TLP), ele buscou reconhecer uma estrutura lógica que pudesse dar conta do funcionamento da linguagem na representação do mundo. Compreendeu a linguagem como um espelho da realidade, assim, ela é capaz de descrever os fatos do mundo significativamente a partir de uma perspectiva relacional entre os objetos, as coisas e os fatos. A concepção de mundo em Wittgenstein, enquanto “totalidade dos fatos”, ou seja, a estrutura lógica do mundo, determinará, em um passo posterior, a estrutura da linguagem. Desse modo, uma linguagem significativa será possível como descrição do mundo. Já na segunda fase de seu pensamento, nas Investigações Filosóficas, Wittgenstein rompe com a análise que fez no Tractatus. A partir de então, linguagem e mundo se unem pragmaticamente, ela não mais representa o mundo, mas faz parte de sua constituição e se adéqua ao contexto de vivência de acordo com o uso que se faz dela, a relação que há é entre o sujeito, sua comunidade e o mundo. Wittgenstein chama a atividade, do uso da linguagem no contexto de vivência, de jogos de linguagem. Nesse sentido, a linguagem é atrelada às ações humanas, são as Formas de Vida, elas contém regras que determinadas coletividades seguem e, portanto, compreendem múltiplas possibilidades, que dão significados variados ao mundo e engrenam os jogos de linguagem dando sentido à linguagem. |